Um padre foi preso e desempossado de seu cargo eclesiástico após ser preso por tráfico de drogas. Durante as investigações, descobriu-se que ele comprava e vendia drogas, além de promover festas sexuais onde os entorpecentes eram oferecidos.
O caso foi registrado na cidade de Prato, na Itália. O padre Francesco Spagnesi está em prisão domiciliar depois que o Ministério Público o denunciou à Justiça por importar uma substância conhecida como “droga do estupro”, para vende-la durante as orgias que eram realizadas na casa de seu cúmplice.
A Polícia chegou ao padre Spagnesi enquanto investigava o comparsa, Alessio Regina. Além de um litro da substância ácido gama-butirolactona (GBL), conhecida como “droga do estupro” e importada da Holanda, os investigadores também apreenderam cocaína, que havia sido comprada localmente para ser repassada nas orgias.
Ao todo, a Polícia estima que 200 pessoas estejam envolvidas no escândalo, e teriam sido atraídas através de aplicativos de encontros sexuais ou páginas com esse fim nas redes sociais.
De acordo com informações do portal católico ACI Digital, o padre e seu comparsa admitiram que participavam das orgias.
O bispo de Prato, dom Giovanni Nerbini, reagiu de imediato após a prisão do padre e o desempossou do cargo: “Quero expressar a minha grande dor pelos fatos divulgados hoje relativos ao padre Francesco Spagnesi. Neste momento, penso em toda a Igreja de Prato, na comunidade da Castellina, muito próxima à paróquia e ligada ao seu pároco”.
“Quero expressar minha plena confiança no Ministério Público, no seu trabalho e garantir-lhes a minha plena colaboração, que já foi dada, e de toda a diocese”, acrescentou o bispo italiano.
Pelo que se descobriu inicialmente, o padre financiava a compra das drogas com o dinheiro da igreja da Anunciação de Castellina, da qual ele era pároco. O total desviado, de acordo com o Ministério Público italiano, somaria dezenas de milhares de euros.
O bispo de Prato ressaltou que “quando o problema que ele tinha ficou claro, impus ao padre Francesco o acompanhamento de um psicoterapeuta e, por sugestão deste, em um momento do caminho eu lhe proibi de continuar administrando a paróquia”, referindo-se ao uso das drogas.
Como Francesco Spagnesi não comparecia às sessões da terapia, o bispo comunicou-lhe que o havia desempossado “da paróquia para que pudesse se curar e, no final de agosto, explicitei minha intenção pedindo-lhe que solicite um ano sabático com aquela finalidade”.
A prisão e o envolvimento com as orgias, continuou o bispo, “são notícias que um pai e pastor nunca desejaria receber e que afeta toda a diocese”.
“Ninguém poderia ter imaginado que ele tinha problemas de toxicodependência. Por muito tempo foi um problema pessoal”, lamentou o bispo, que já removeu o acesso do ex-padre para às contas da paróquia.
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