O uso da linguagem neutra, um neologismo que a militância progressista vem tentando impor à sociedade brasileira, está proibido no estado de Rondônia, após sanção de lei aprovada pela Assembleia Legislativa.
As escolas públicas e privadas estão proibidas pela lei 5.123 de fazer uso da chamada “linguagem neutra”. A sanção do governador Marcos Rocha (PSL) foi publicada no Diário Oficial na última terça-feira, 19 de outubro.
O texto da nova lei estipula que fica “expressamente proibida a linguagem neutra na grade curricular e no material didático de instituições de ensino públicas ou privadas, assim como em editais de concursos públicos”.
O neologismo vem sendo usado por militantes progressistas para referir pessoas que não se reconhecem como sendo dos sexos masculino ou feminino, ou que se dizem “fluidas”. Exemplos da linguagem neutra são palavras como “menine”, “todes”, “elu”, entre outras.
De acordo com informações do portal G1, na sanção o governo do estado justificou a lei como forma de estabelecer “medidas protetivas ao direito dos estudantes ao aprendizado da língua portuguesa de acordo com a norma culta”.
O jornalista Joel Pinheiro, simpático ao movimento progressista, explicou que a linguagem neutra é uma iniciativa fadada ao fracasso, pois é inspirada em mudanças feitas no inglês, a partir de uma premissa que não pode ser aplicada à língua portuguesa:
“No inglês, a maior parte das palavras é neutra, gramaticalmente. Então todos os adjetivos são neutros. Não existe a forma masculina, forma feminina. É tudo neutro. Então, para a língua inglesa, basta criar três pronomes, ou usar um que já tem no lugar dos pronomes masculino e feminino”, introduziu, durante o Morning Show, da Jovem Pan.
Segundo Pinheiro, essas mudanças são inviáveis para o idioma oficial do Brasil: “O português é uma língua que não existe, gramaticalmente, o gênero neutro. Tudo é masculino ou feminino. Portanto, no português, para a gente tentar incorporar essa mudança, você precisa fazer uma reengenharia da língua”.
“Pegue um adjetivo como ‘bonito’. Então, existe bonito e bonita. Se você quiser levar a sério a coisa do gênero neutro, você vai ter que criar a terceira forma desse adjetivo: bonito, bonita, ’bonite’. E isso para milhares de palavras”, acrescentou.