Presidente da França fez pedido um dia após advogada pró-vida assumir parlamento europeu.
O presidente da França, Emmanuel Macron, defendeu nesta quarta-feira (19) que a União Europeia (UE) reconheça o aborto na Carta dos Direitos Fundamentais da UE.
Em seu discurso ao Parlamento Europeu, Macron falou em alterar o documento, proclamado em dezembro de 2000, para incluir o aborto, embora o documento tenha abolido a pena de morte em todos os países-membros.
“Queremos consolidar os nossos valores, como europeus, que fazem a nossa unidade, o nosso orgulho e a nossa força. Vinte anos após a proclamação da nossa Carta dos Direitos Fundamentais, que consagrou em particular a abolição da pena de morte em toda a União, gostaria que pudéssemos atualizar esta Carta, em particular para ser mais explícita sobre a proteção do ambiente ou o reconhecimento do direito ao aborto”, disse.
Curiosamente, o discurso se deu no dia seguinte à eleição da advogada Roberta Metsola, que é declaradamente pró-vida e votou contra todas as propostas abortistas na UE, ter sido eleita para a presidência do Parlamento.
Embora não tenha criticado abertamente Metsola, tendo parabenizado ela por sua eleição, Macron fez um apelo para que o debate sobre aborto seja feito “livremente”, a fim de dar “nova vida ao pilar da lei que forja esta Europa de valores fortes”.