Um ex-líder de mesquita — conhecido por imã entre os muçulmanos — se converteu ao cristianismo no dia 13 de maio de 2016, no leste de Uganda.
Bashir Sengendo conheceu o Evangelho através de outro ex-muçulmano e passou a frequentar a escola bíblica da Igreja. Depois de seis meses, ele se tornou pastor.
Na sequência, os parentes que vivem na aldeia de Namaato, sub-condado de Kigalama, no distrito de Namutimba, passaram a enviar mensagens para Bashir, pedindo para ele voltar para sua terra, a fim de cuidar de um terreno que, supostamente, pertencia a ele.
Uma emboscada feita pela própria família
“Esse pedido continuou nos últimos seis anos, mas eu estava relutante em voltar para casa”, disse o ex-muçulmano em entrevista ao Morning Star News.
Mas, Bashir decidiu visitar os parentes no dia 12 de janeiro, e chegou no período da noite. “A recepção foi muito fria e fiquei chocado por isso. Fui dormir cansado e sem um prato de comida”, ele contou.
Pela manhã, porém, ele foi surpreendido com muita violência. O irmão e um dos tios o espancaram. “Eles me cortaram com um objeto na cabeça, nas costas e na mão”, relatou.
“Enquanto estavam me batendo, meu tio disse que a família gastou muito dinheiro me treinando como professor muçulmano e que causei muita vergonha a todos eles e aos muçulmanos em geral”, continuou.
Liberdade religiosa em jogo
Os gritos de Bashir chamaram a atenção dos vizinhos que chamaram a polícia. Ele foi socorrido e levado rapidamente para o Hospital de Namutimba, onde recebeu os primeiros socorros.
Por ter perdido uma grande quantidade de sangue, Bashir ficou internado. Um representante do Morning Star News, que documentou o incidente, foi visitá-lo e disse que ele está com ferimentos graves.
Embora a Constituição de Uganda garanta a liberdade religiosa, incluindo o direito de propagar a própria fé e se converter de uma religião para outra, há muitos relatos de cristãos que são atacados por muçulmanos radicais.
Uganda tem uma população de 45,7 milhões de pessoas. Destas, 38,7 milhões são cristãs. E, embora os cristãos sejam a grande maioria no país, a minoria muçulmana continua lutando contra eles de forma injusta e violenta, em nome do islã.