A influência da China no mundo da perseguição religiosa está crescendo, diz entidade
09/02/2022 09:51 em Novidades

A perseguição religiosa continua sendo uma realidade presente em países do mundo inteiro. Diante disso, a organização Portas Abertas, pioneira no monitoramento dos índices de intolerância dessa natureza, vem destacando anualmente os 50 países onde esse problema afeta a vida de milhões de pessoas, sendo a China uma das nações mais preocupantes.Segundo a entidade, a perseguição religiosa observada na China pode ir além das suas fronteiras, uma vez que o país tem exercido um papel de grande influência global não apenas no aspecto econômico, mas também político-cultural, com iniciativas que podem ameaçar a liberdade de expressão das pessoas.

Essa foi uma observação divulgada pela Portas Abertas em sua listagem de tendências sobre intolerância religiosa este ano. “Enquanto a China manteve sua posição na lista, as liberdades cristãs continuam a se deteriorar. Sua influência no mundo da perseguição também está crescendo.”, diz a entidade.

Ainda segundo a Portas Abertas, o regime comunista da China “está exportando a ideologia e a tecnologia da opressão” para outros países. Enquanto lideranças globais enxergam o avanço chinês sobre as economias nacionais, o que alguns especialistas chamam de globalitarismo, líderes cristãos interpretam com preocupação esse contexto.

“Países tão diversos como Mianmar, Malásia, Sri Lanka, Estados da Ásia Central imitaram o modelo chinês”, diz a Portas Abertas, se referindo ao conjunto de ações que resultam em perseguição religiosa, por exemplo, contra quem prega a não idolatria ao Estado, mas apenas a Jesus Cristo.

Este ano a China aparece na 17ª posição na lista mundial que estabelece o ranking dos 50 países onde a perseguição religiosa é mais grave. Nessas dezenas de colocados, cerca de 312 milhões de cristãos enfrentam níveis muito altos ou extremos de intolerância, segundo a Portas Abertas.

 

Com a retomada do grupo terrorista Talibã ao poder, no Afeganistão, o país assumiu a primeira colocação na lista, ultrapassando a Coreia do Norte, que agora ocupa o segundo lugar após 20 anos liderando o triste ranking.

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