Universitária cristã é espancada e tem seu corpo queimado por colegas muçulmanos
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Publicado em 16/05/2022

Uma estudante universitária cristã na Nigéria, de 25 anos, foi linchada e teve seu corpo queimado no campus da universidade por uma turba de extremistas muçulmanos que a acusavam de blasfêmia contra Maomé.

Deborah Emmanuel estudava no Shehu Shagari College of Education, no estado de Sokoto, e foi acusada de blasfêmia em uma mensagem de um grupo de WhatsApp dos estudantes.

Segundo informações da entidade International Christian Concern (ICC), Deborah vivia com os pais no mesmo estado e frequentava a Evangelical Church Winning All (ECWA). A Nigéria é um país que tem a população dividida entre cristãos e muçulmanos.

Em uma distribuição de tarefas na faculdade, ela se sentiu discriminada ou prejudicada por ser cristã e tentou dialogar, mas logo a queixa se tornou uma discussão e seu posicionamento foi interpretado como blasfêmia.

Na última quinta-feira, 12 de maio, pela manhã, ela foi linchada pelos colegas de faculdade que seguem o islamismo. Em redes sociais, vídeos de seu espancamento causaram perplexidade e entidades estrangeiras, incluindo a ICC, revisaram o conteúdo e confirmaram sua autenticidade.

Um dos vídeos mostra Deborah deitada no chão com o braço esquerdo ensanguentado tentando cobrir a cabeça enquanto estudantes dos sexos masculino e feminino batiam nela com paus, jogando pedras grandes e gritando “Allahu Akbar” (Alá é grande, em árabe).

Em outro, um aluno admite ter ateado fogo à jovem enquanto seu corpo queimado é observado pelos demais extremistas.

A jovem cristã implorou por sua vida aos colegas, mas não foi ouvida. Um estudante que frequenta o mesmo campus da universidade concedeu um depoimento à ICC e afirmou que “alunos e professores muçulmanos não gostam de cristãos na escola”.

Ele acrescentou que os funcionários da universidade assistiram enquanto a multidão frenética matava Deborah, mas não conseguiram parar os estudantes muçulmanos, embora eles tenham tentado.

A estrada para o campus da universidade e para a casa de Deborah está atualmente bloqueada por estudantes, dificultando a locomoção dos cristãos. O governador do estado pediu o fechamento da faculdade sem pedir a prisão dos alunos que cometeram o crime, embora os vídeos permitam a identificação de alguns dos criminosos.

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