Sentindo-se indignada, Deivilane Costa Carvalho usou as redes sociais para desabafar e denunciar a perseguição sofrida.
Professora de português, Deivilane da Costa Carvalho perdeu o emprego na escola municipal EMEF Álvaro Armeloni, em Cariacica, interior do Espírito Santo. Ela diz que sua demissão aconteceu por não aceitar a ideologia de gênero apregoada no local.
Segundo informa o jornal da Cidade, Deivilane lecionava para crianças de 9 a 14 anos, quando foi chamada na Secretaria Municipal de Educação e foi sumariamente desligada do cargo. A causa alegada foi insubordinação à direção da escola.
Sentindo-se indignada, a professora usou as redes sociais para desabafar e denunciar a perseguição sofrida.
“Jamais desrespeitei o corpo acadêmico e a direção. A minha posição contrária a uma política de doutrinação no ambiente escolar, que envolve ideologia de gênero, é o real motivo acobertado por aqueles que pediram minha demissão. A diretoria me viu como uma ameaça ao que eles estão implantando no colégio”, lamentou.
Em sua página do Instagram, a professora publicou uma foto na sala de aula com a descrição de dois versículos bíblicos:
“Se o mundo vos aborrece, sabei que, primeiro do que a vós, aborreceu a mim.” João 15:18
"Abençoai aos que vos perseguem, abençoai, e não amaldiçoeis." Romanos 12:14
Doutrinação
Deivilane foi dispensada de suas funções mesmo com investigação do Ministério Público que apura denúncias de doutrinação existente na escola. A professora acredita que a direção do colégio pensa que foi ela quem iniciou o processo junto ao MP e por isso se vingou.
“Após tomar conhecimento da apuração do MP, a direção da escola vinha me tratando de forma diferente dos demais profissionais. Fui perseguida e punida com a demissão, por apenas me posicionar contra a usurpação dos direitos dos pais de educar. A escola estava entrando em um campo que foge da sua função. Aluno vem para a escola para aprender as disciplinas e não ser ideologizado”, explicou.
Apoio da família
Os familiares dos estudantes fizeram um vídeo mostrando o momento da partida da professora, que recebeu um abraço coletivo dos alunos, em sua homenagem.
O vídeo viralizou nas redes sociais, embora a prefeitura de Cariacica e a direção da escola negam que a docente foi perseguida.
De acordo com informações do jornal Cidade, em uma rápida caminhada pelas dependências do colégio é possível ver vários cartazes, bandeiras e símbolos em apoio ao movimento LGBTQIA+.
Apesar de o vídeo mostrar o contrário, o secretário municipal de educação, José Roberto Martins Aguiar, afirma que Deivilane foi demitida porque não tinha boa convivência com as crianças.
“A professora Deivilane não soube conquistar os estudantes; ela mantinha um relacionamento conflituoso com os gestores da escola e com os demais professores, professoras e estudantes. Por isso rescindimos o contrato com a profissional, o que é um direito do município”, declarou.