A comemoração da Reforma Protestante entre evangélicos vem, há anos, sendo suprimida pela cultura secular que promove o Halloween, ou “dia das bruxas”, como se tornou popular no Brasil. O pastor Rodrigo Mocellin pontuou esse tema em um vídeo recente
A Reforma Protestante é comemorada no dia 31 de outubro, data em que Martinho Lutero fixou suas 95 teses nas portas da Igreja de Wittenberg em 1517 como uma iniciativa de protesto contra a doutrina católica vigente e a prática de indulgências.
Esse movimento mudou o rumo da história do cristianismo e estabeleceu um novo paradigma que marcava o retorno às Escrituras.
“Historiadores, protestantes ou não, concordam que não dá para explicar o Ocidente livre e próspero que surgiu sem falar da Reforma Protestante”, pontuou o pastor. “Se não fosse a Reforma, até hoje estaríamos rezando missa em latim, acendendo vela para morto, pagando indulgências pela nossa Salvação e nos ajoelhando diante de pedaços de gesso”, acrescentou.
‘Indulgência ou graça?’
Mocellin afirmou que os evangélicos precisam adotar a comemoração da Reforma Protestante como forma de contrapor os modismos seculares: “Deus usou Moisés para libertar seu povo da escravidão egípcia e Deus usou seu servo Lutero para nos libertar da escravidão católica. Por que não comemorar a Reforma?”, questionou o pastor.
Comparando as duas datas, Reforma e Halloween, o pastor fez novo questionamento: “A Bíblia — que foi atestada por Cristo como Palavra de Deus ou Concílios que se contradizem? Nós temos algo a celebrar no dia 31 e não é o Dia dos Mortos, é o Dia dos Heróis. Nós sabemos da nossa origem e identidade. Nós descendemos de homens dispostos a morrer por sua fé, pois sabiam que ‘1 mais Deus é maioria’”, concluiu.
Mocellin, que lidera a igreja Resgatar Guaratinguetá, declarou que “os feriados servem para retratar a identidade de um povo”, e cita como exemplo o calendário judaico, em que todas as festas e celebrações apontavam para algo especial na vida do povo.
Como o feriado do Halloween ou Dia das Bruxas não tem nenhuma origem dentro do cristianismo, não tem lógica que cristãos abracem sua comemoração: “Para alguns, participar de um evento de origem pagã, expõe seus filhos a influências demoníacas, outros não veem nenhum mal por não haver uma conotação religiosa”.
Para embasar seu raciocínio, o pasto explicou que a origem do Halloween não é tão fácil de entender, mas se faz necessário um exercício de compreensão: “Alguns associam a festa ao ‘rei dos mortos’, outros dizem que tem vínculo com a cultura celta, que marcava o início do calendário em 1º de novembro”, continuou.
Nesse contexto, o dia 31 de outubro seria o último dia do ano para esse povo que acreditava que “o mundo dos vivos e dos mortos estaria mais próximo, o que abriria a porta do inferno para que os demônios saíssem para assombrar as pessoas”.
“Para conter a fúria desses demônios, os sacerdotes recolhiam oferendas das pessoas para que ficassem mais tranquilos. Desse modo, ‘doces ou travessuras’ das crianças substituiria ‘oferenda aos deuses ou a maldição em sua casa’. Qualquer que seja a origem do Halloween, ela remete a mortos, demônios e espíritos. Participar de um evento desse é a perda da nossa identidade”, resumiu.