A Estela de Mesa, ou Pedra Moabita, é uma pedra basáltica que forneceu aos historiadores e linguistas a maior fonte da língua moabita até hoje. Apenas recentemente os pesquisadores puderam verificar com um grau considerável de certeza que a Estela contém referências ao Rei Davi.
Segundo The Jerusalem Post, a pedra foi descoberta em fragmentos em 1868, a aproximadamente 15 milhas do Mar Morto e atualmente reside no museu do Louvre em Paris. Enquanto foi danificada em 1869, uma impressão de papel-maché da inscrição foi capturada antes que o dano ocorresse.
Nesse sentido, a laje está gravada com um longo relato do rei Mesa de Moabe, entrando em guerra com Israel. Os eventos descritos correspondem, embora imprecisamente, a um relato semelhante ao capítulo 3 de 2 Reis.
Sendo assim, o texto contém referências ao deus israelita, assim como à “Casa de Davi” e ao “Altar de Davi”. No entanto, até hoje, os estudiosos não conseguiam ter certeza absoluta de que estas referências ao rei Davi estavam sendo corretamente decifradas.
Deste modo, em um artigo de final de 2022 intitulado “Mesha’s Stele and the House of David” da Revisão Bíblica de Arqueologia, André Lemaire e Jean-Philippe Delorme reexaminaram as evidências.
Segundo eles, em 2015, uma equipe do West Semitic Research Project da Universidade do Sul da Califórnia tirou novas fotografias digitais tanto da estela restaurada quanto papel. A equipe utilizou um método chamado Reflectance Transformation Imaging (RTI).
“Este método é especialmente valioso porque a renderização digital permite aos pesquisadores controlar a iluminação de um artefato inscrito, de modo que as incisões escondidas, fracas ou desgastadas se tornem visíveis”, apontaram.
Por fim, mais recentemente, em 2018, o Louvre tirou estas novas fotos de alta resolução, assim, os pesquisadores conseguiram obter uma imagem muito mais clara dos registros antigos. Foi assim que conseguiram ver outras evidências.