Analista: Exploração de crianças tem sido promovida pela hiper-sexualização online
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Publicado em 30/01/2023

A explosão de acesso à internet, especificamente às redes sociais, pode ser considerada por muitos um benefício em termos de comunicação, enquanto que, para outros, se tornou uma grande preocupação no tocante à hiper-sexualização online, algo que tem favorecido a exploração de crianças em várias partes do mundo.

“O que vemos repetidamente é a hiper-sexualização de meninos e meninas”, disse Lina Nealon, do Centro Nacional de Exploração Sexual dos Estados Unidos, em uma entrevista concedida à emissora cristã CBN News.

A opinião de Lina não é fruto do acaso, pois é compartilhada por pais e mães que têm se preocupado como devem lidar com filhos numa geração onde a exposição através das mídia sociais se tornou uma realidade a ser compreendida e, por vezes, controlada.

Abuso online

Sobre o conceito de hiper-sexualização abordado por Lina, e que os pais da atual geração precisam entender de forma contundente, é que o abuso sexual nos dias atuais não ocorre, necessariamente, de modo presencial.

Isso significa que crianças também são expostas quando se exibem de forma indiscriminada através das mídia sociais, sendo a violência psicológica uma das consequências negativas dessa realidade.

Dados da Internet Watch Foundation, por exemplo, apontam que o ano de 2021, durante a pandemia, apresentou um crescimento avassalador de conteúdos online de crianças sendo exploradas sexualmente. A explicação, nesse caso, pode estar no uso massivo das redes sociais no período de confinamento.

“As crianças têm smartphones em níveis sem precedentes e, é claro, o COVID apenas sobrecarregou a exploração sexual infantil, quando as crianças entraram online em massa”, explica Lina.

A analista diz que muitos pedófilos se aproveitam do relaxamento por parte dos pais no tocante ao cuidado dos filhos na internet, em paralelo à inocência das crianças nas redes, já que a maioria, se não todas, querem algum tipo de aceitação e visibilidade social.

“Você vê garotas literalmente se despindo, dançando, e nos comentários você vê os pedófilos comentando descaradamente, oferecendo dinheiro, oferecendo presentes”, disse ela sobre plataformas como o Tik Tok.

Lina, por fim, diz que a hiper-sexualização infantil nas redes sociais é algo que precisa ser combatido, também, pelas empresas de mídia. Ela acredita que a tecnologia pode ser uma aliada, desde que utilizada corretamente.

“Há muito mais que eles podem estar fazendo. Eles têm os recursos, o talento para realmente aumentar e priorizar a proteção da criança, mas pelo que podemos ver, eles estão priorizando o lucro repetidamente”, conclui a analista.

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